Cidades inteligentes: o que são?

A arquitetura sustentável se tornou uma necessidade atual. Diversas soluções devem ser propostas para melhorar o ecossistema em que a obra está inserida. Uma das tendências atuais é a construção de cidades inteligentes.

A arquitetura sustentável se tornou uma necessidade atual. Diversas soluções devem ser propostas para melhorar o ecossistema em que a obra está inserida. Uma das tendências atuais é a construção de cidades inteligentes.

Mais da metade do mundo vive em áreas urbanas. Através das necessidades da população e ambiente regional, soluções inteligentes devem ser empregadas. Não é indicado que se coloque novas tecnologias sem motivo. As Cidades Inteligentes visam atender demandas existentes de uma região. 

Não precisa ser uma cidade enorme ou uma capital para desenvolver o conceito de Cidade Inteligente. Pequenas cidades e interiores são perfeitamente capazes de integrar as tecnologias demandadas para soluções inteligentes.

O que são Cidades Inteligentes?

Cidades inteligentes propõem o desenvolvimento social, ambiental e econômico do espaço. Elas podem ser inteiramente projetadas ou vir de adaptações à cidades existentes. 

A população deve ser escutada, pois sabe as reais necessidades da cidade em questão. Dados coletados eletronicamente com o uso de sensores, radares e câmeras também são úteis nas decisões.

Uma Cidade Inteligente une os diferentes sistemas urbanos que interferem na vida dos cidadãos. Por exemplo, mobilidade, habitação, fontes de energia, saúde, educação, administração. 

Os dados extraídos dos mais diferentes campos são analisados e, assim, as soluções inteligentes passam a ser pensadas e implementadas. Não se coloca uma tecnologia “por colocar”. É preciso analisar todo o contexto da cidade e implementar algo que faça sentido.

Essa percepção da necessidade de Cidades Inteligentes veio no fim do século 20 e começo do século 21. Antes, pensava-se que as cidades deveriam ter zonas totalmente separadas. Por exemplo, um bairro inteiramente comercial, um bairro apenas residencial. Outro aspecto era que se vendia a ideia de que um automóvel era essencial para uma pessoa.

Essa urbanização dispersa gerava mais deslocamento, mais congestionamento e mais poluição. Além dos poluentes gerados ao meio ambiente, a saúde das pessoas acabava se afetando.

Profissionais de diversas áreas começaram a notar a destruição e necessidade de mais aspectos de sustentabilidade local. Arquitetos e urbanistas passaram a considerar mais essas questões em seus projetos, visando o bem-estar social e ambiental.

Cidades Inteligentes no Brasil

O povo brasileiro é muito inovador para lidar com as necessidades de um local. Por isso, já era de se esperar a existência de Cidades Inteligentes no Brasil. Como o conceito não está diretamente ligado à tecnologias digitais, é possível adequar muitas soluções inteligentes no contexto das cidades brasileiras.

O Brasil tem evoluído bastante nos quesitos que englobam Cidades Inteligentes. Principalmente nos últimos 10 anos, pode ser notada a necessidade de transformação. Muitos gestores entendem que a tecnologia se tornou um pilar de toda a transformação e buscam a evolução. 

Há alguns exemplos de cidades que já implementam soluções inteligentes para melhorarem todo o ecossistema. São mudanças positivas, que realmente geram a evolução e desenvolvimento para a região.

Existem diferentes perfis de Cidades Inteligentes, depende de qual sistema os gestores deram mais visão. As Cidades Inteligentes brasileiras, por exemplo, são inovadoras no cotidiano urbano, trazendo soluções para a vida dos cidadãos.

Curitiba – Cidade Inteligente no Paraná

Curitiba já foi considerada a cidade mais inteligente do Brasil. O quesito que mais tem destaque é o da mobilidade. A cidade investiu em tecnologias que melhorem a mobilidade urbana. Os transportes públicos utilizam dos dados coletados.

Os cidadãos participam ativamente de toda a transformação. Existem canais para denúncias, sugestões e informações. 

Além da mobilidade, Curitiba também se desenvolve no empreendedorismo. Existem políticas públicas que incentivam a inovação. Há muitos serviços que estimulam e capacitam empreendedores.

Santos – Cidade Inteligente em São Paulo

A cidade litorânea já dá um destaque maior ao meio ambiente. Através de iniciativas sociais e ambientais, os gestores unem reciclagem, produção de itens e capacitação de cidadãos. Projetos famosos como o Recicleta e o Ecofábrica fazem a coleta de materiais recicláveis e utilizam disso para produção de bicicletas, móveis e itens de decoração.

Contudo, Santos também tem alternativas para a mobilidade na cidade. Tem o VLT – Veículo Leve sobre Trilhos -, que não emite poluentes e não produz poluição sonora. A linha tem um pouco mais de 11 km de extensão e auxilia na locomoção dos transeuntes da cidade. As rotas de ciclovia podem ser consideradas outra forma de solução inteligente.

São Gonçalo do Amarante – Cidade Inteligente no Ceará

Ao contrário das duas cidades anteriores, São Gonçalo do Amarante tem uma cidade inteiramente projetada para ser inteligente. A smart city Laguna visa ser sustentável, segura, tecnológica e eficiente, trazendo qualidade de vida a um custo acessível. É a primeira Cidade Inteligente Social do mundo. 

O projeto é do Grupo Planet, uma empresa italiana. Tem 330 hectares com capacidade para 20 mil habitantes. Terão lotes residenciais, comerciais e empresariais integrados, totalizando 7065 unidades, que contam com mais de 50 soluções inteligentes. Soluções como: videomonitoramento em tempo real das áreas públicas, wi-fi gratuito em áreas públicas, iluminação pública de Led, aplicativo gratuito do bairro. 

Ela não é denominada uma Cidade Inteligente Social a toda. Existem lotes para todas as faixas de renda, inclusive com unidades que se enquadram no programa Minha Casa, Minha Vida.

O projeto ainda está em construção. Em 2018, finalizaram 100% da primeira etapa. A segunda etapa está quase finalizada, com previsões para entrega no fim deste ano.

As Cidades Inteligentes já são realidades no mundo todo, inclusive no Brasil. As percepções e inovações dos sistemas que englobam uma cidade podem torná-las inteligentes. Seja adequando modelos de mobilidade, aprimorando a relação entre urbano e natureza, desenvolvendo projetos sociais ou integrando tudo tecnologicamente.

Ainda há um longo caminho para que possamos atender a todas as demandas e tornar os municípios do Brasil inteiro em Cidades Inteligentes. Todavia, aos poucos pode se notar a mudança nas políticas das cidades com inovações para melhorar todo o ecossistema do local.

E aí, gostou do conteúdo? Conta aqui nos comentários qual solução inteligente você implementaria em sua cidade. Se quiser ver mais assuntos como esse, acompanhe nosso blog.